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Refletir sobre o Olhar

Atualizado: 21 de mar. de 2023

Como ponto de partida da retomada do trabalho do Colégio Mão Amiga em 2023, na primeira parte da Jornada Pedagógica, vivenciamos uma experiência para ampliar nosso olhar sobre a criança, com uma experiência prática através do Mapa de Empatia.


Movidos pela pergunta:

Quem é a criança Mão Amiga?


Essa foi a indagação norteadora da formação, planejamento do ano e construção do nosso projeto pedagógico.

Como caminho, usamos o Mapa de Empatia, uma ferramenta do Design Thinking, metodologia ativa de inovação e, também, aplicada para educação.


A proposta da abordagem do Design Thinking é a de construir a visão da realidade a partir de uma abordagem centrada na pessoa, estabelecendo uma relação de empatia, colaboração e experimentação. Essa abordagem não trabalha diretamente no problema ou desafio, sempre formula a questão a partir de uma pessoa que tem um problema ou um desafio.


O mundo da educação está em constante transformação, atualmente, muito se fala em colocar o aluno no centro do processo de ensino e aprendizagem ou deixar que seja protagonista da sua jornada de aprendizado, mas muitas perguntas pairam na mente dos educadores. Como fazer na prática?


Esse deslocamento do foco implica em refletir sobre o olhar, para poder interagir de outra

forma com os alunos. Qual visão temos das crianças e adolescentes? Quem são esses alunos, que são centro dos nossos esforços? Nosso olhar condiciona nossa forma de pensar, agir e nos relacionar, condiciona toda nossa vida, assim, precisamos de tempos em tempos fazer essa reflexão.


Conhecer bem as pessoas, o que elas sentem, o que elas pensam, como é o dia-a-dia delas, é um dos fundamentos dessa proposta e uma forma para fazer isso é através da empatia. Dessa forma, reunimos todos os colaboradores do Colégio para participarem dessa prática. Nas bases do Design Thinking, quanto mais pessoas de diferentes papéis, com distintos saberes trouxerem suas contribuições, o resultado se torna mais rico e mais profundo.


Como metodologia, o Mapa da Empatia, uma ferramenta visual que analisa e descreve aspectos comportamentais e o contexto de vida do público alvo por meio do diagrama, abaixo:

A ideia é identificar comportamentos extremos e mapear padrões e necessidades latentes. A pesquisa é qualitativa e não pretende esgotar o conhecimento, mas ao levantar oportunidades dos perfis. Através da interação do grupo, de forma colaborativa, dar espaço para todos se colocarem, trazerem suas ideias, pautando a conversa a partir das regras:


1- Não Julgue;

2- Construa sobre as ideias dos outros;

3- Encoraja ideais diferentes;

4- Busque quantidade;

5- Mantenha do foco;

6- Uma conversa por vez;

7- Seja visual.


Dessa forma, todos tem espaço para falar e registrar sua ideias, que devem ser escritas em papéis e coladas no diagrama. Não existe certo e o errado, visões distintas são consideradas e registradas, ideias parecidas são colocadas próximas. A riqueza vem da soma de conhecimento, que todos vão compartilhando.


Com esse recurso simples e didático utilizado pelo Design Thinking, é possível desenhar detalhadamente o cenário, os pensamentos, as ações, os problemas e as necessidades do seu público alvo. Quanto mais você conhece seu público, mais entende o que ele precisa e como ajudá-lo e esse é um princípio que queremos deixar vivo no nosso trabalho, para ter um capacidade de observar e de nos deixar conduzir pela relação com a criança e seu mundo e menos por padrões automáticos, compreender nuances da realidade abrem a criatividade e inovação na educação, também.


Na nossa experiência, quase 90 colaboradores formaram 9 grupos de trabalho, para construírem sobre o perfil escolhido por eles, dentro da faixa das crianças do Mão Amiga, de 6 a 17 anos. Depois da experiência nos grupos o resultado foi compartilhado com todos, e pudemos montar uma grande “persona”.


O feedback dessa atividade foi muito positivo e palavras como surpresa, novidade, conhecimento e novas percepções foram compartilhadas. Pudemos palpar a força da soma de visões, experiências com as crianças de dentro e fora da sala de aula.


Em um momento onde muito se fala das metodologias ativas na educação, trouxemos uma metodologia ativa para trabalhar com as equipes. Integrando complexidade e multidisciplinaridade, liberdade de errar e aprender por meio da geração de novas ideias, depois poder incorporar nos planos de aula de educadores no processo de ensino-aprendizagem. Para poder criar sempre caminhos mais adequados aos desafios do mundo atual e da educação.


Renata Prado.

Diretora de Gestão Institucional.


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